Em contraposição aos avanços das
ciências de um modo geral, a filosofia permanecia estagnada na metafísica e na
abstração. Percebendo tal fato, Augusto Comte pretendeu, em seu “Curso de
filosofia positiva”, criar uma nova forma de se pensar a filosofia, mudando-se
a forma de construção do conhecimento da mesma. Essa nova abordagem filosófica
foi inicialmente batizada de “física positiva”.
Recorrendo
as descobertas científicas de outras áreas do conhecimento, mais
especificamente a Lei de Newton de Gravitação Universal, acreditava que a
sociedade seria também regida por leis universais e imutáveis. Logo, caberia ao
filósofo a função de descobrir tais leis e compreender sua influência na
sociedade em que vivem.
Comte pregava também a pregava a
manutenção da estática (ordem) que acarretaria na dinâmica (progresso) e
vice-versa. Seguindo essa ideia, Comte rejeitava a realização de revoluções,
considerando essas um empecilho ao progresso e denominando os subversivos como
uma “patologia social”. Resultado desse pensamento, em sua época revolucionário,
o positivismo acabou tornando-se um sinônimo pejorativo de conservadorismo.
Embora seus pensamentos sejam por
muitos criticados, as contribuições de Augusto Comte para o avanço filosofia e
para a fundação da sociologia são inquestionáveis. Seguindo os passos de
Francis Bacon e René Descartes, Comte fechou a "revolução" do pensamento iniciada
pelos outros dois e muitas de suas ideias continuam até hoje sendo pregadas e
parcialmente seguidas.
Suzana Satomi Shimada - 1º ano direito diurno
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