Augusto Comte defende que a construção do conhecimento passa por três
estados diferentes: o estado teológico, o estado metafísico e o estado positivo.
No primeiro estado o homem explica a realidade por meio de agentes sobrenaturais,
buscando conhecimentos absolutos, já no segundo estado, que marca a transição
entre a teologia e a positividade, os agentes sobrenaturais são substituídos
por forças abstratas, o ultimo estado, nega as noções absolutas, preocupa-se
com a descoberta das leis que regem os fenômenos, e não as causas, que segundo
ele são problemas inalcançáveis, a imaginação subordina-se a observação. Embora
defenda que o estado positivo marcou o amadurecimento do espírito humano, reconhece
a necessidade dos dois primeiros estados para a formação das primeiras
conjecturas teóricas.
Segundo
Comte a filosofia positiva ainda não abrange todos os fenômenos, a única lacuna
que resta a ser preenchida é a dos fenômenos sociais, pois ainda predomina o
uso dos métodos teológicos e metafísicos, portanto resta fundar apenas a física
social para a constituição definitiva da filosofia positiva.
As
propriedades fundamentais da proposta positivista são quatro: em primeiro
lugar, a descoberta racional das “leis lógicas” dos fenômenos, uma segunda conseqüência
propõe uma reforma geral no sistema educacional, que rompa com o isolamento das
ciências, em terceiro lugar defende que a filosofia positiva exige a combinação
de várias ciências, a quarta e última propriedade fundamental considera a
filosofia positiva como única base sólida de reorganização social, culpando a
coexistência das três filosofias opostas (teológica, metafísica e positiva)
pela desordem atual.
Leonor Pereira Rabelo- Direito Noturno
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