Uma nova filosofia começou a ser esboçada com Bacon
e Descartes e foi consolidada com a filosofia positiva de Auguste Comte. Este, propôs
uma ciência que fosse capaz de compreender e transformar a sociedade, através de
um método de conhecimento pautado na observação dos fatos. Diferentemente do
que propunham filosofias anteriores, Comte não visava descobrir as causas dos
fatos, mas sim as leis naturais e invariáveis que regem esses.
O filósofo admite, porém, que para se chegar ao
estado positivo, que é o ultimo na construção do conhecimento, é necessário que
haja a superação de outros dois estados, o teológico e o metafísico. Essas duas
etapas anteriores procuram as explicações dos fenômenos em entidades divinas,
sobrenaturais e produzem, portanto, um conhecimento não cientifico.
Além disso o Positivismo ficou conhecido pelo lema
da bandeira brasileira que diz :”Ordem e progresso”. Para Comte, a ordem é
essencial à qualquer sociedade e necessária para alcançar o progresso. Ele
acreditava que para haver equilíbrio no Sistema Social cada qual deveria
cumprir seu papel e abdicar de si mesmo pelo todo. Entretanto, na sociedade
positivista de Comte há clara distinção entre os que governam e os que são governados,
os primeiros detém o conhecimento enquanto os demais trabalham. Nesse sentido,
há a proposta de uma reforma educacional, em que o individuo entenda sua
posição social, evitando a quebra da ordem e promovendo o progresso.
Mas afinal, que tipo de progresso é esse onde a
mobilidade social é vista como quebra da ordem? A propósito, que ordem é essa? Cada contexto, cada nação, cada historia detém uma ordem diferente e o
progresso deve ser entendido como um processo múltiplo e não linear, com
patamares mais ou menos avançados.
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