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domingo, 7 de abril de 2013

O progresso como um processo multiplo


Uma nova filosofia começou a ser esboçada com Bacon e Descartes e foi consolidada com a filosofia positiva de Auguste Comte. Este, propôs uma ciência que fosse capaz de compreender e transformar a sociedade, através de um método de conhecimento pautado na observação dos fatos. Diferentemente do que propunham filosofias anteriores, Comte não visava descobrir as causas dos fatos, mas sim as leis naturais e invariáveis que regem esses.

O filósofo admite, porém, que para se chegar ao estado positivo, que é o ultimo na construção do conhecimento, é necessário que haja a superação de outros dois estados, o teológico e o metafísico. Essas duas etapas anteriores procuram as explicações dos fenômenos em entidades divinas, sobrenaturais e produzem, portanto, um conhecimento não cientifico.
Além disso o Positivismo ficou conhecido pelo lema da bandeira brasileira que diz :”Ordem e progresso”. Para Comte, a ordem é essencial à qualquer sociedade e necessária para alcançar o progresso. Ele acreditava que para haver equilíbrio no Sistema Social cada qual deveria cumprir seu papel e abdicar de si mesmo pelo todo. Entretanto, na sociedade positivista de Comte há clara distinção entre os que governam e os que são governados, os primeiros detém o conhecimento enquanto os demais trabalham. Nesse sentido, há a proposta de uma reforma educacional, em que o individuo entenda sua posição social, evitando a quebra da ordem e promovendo o progresso.        

Mas afinal, que tipo de progresso é esse onde a mobilidade social é vista como quebra da ordem? A propósito, que ordem é essa? Cada contexto, cada nação, cada historia detém uma ordem diferente e o progresso deve ser entendido como um processo múltiplo e não linear, com patamares mais ou menos avançados.
                               

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