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domingo, 7 de abril de 2013


Comte propõe a fundação de uma nova ciência, voltada ao estudo da sociedade: a Sociologia; sugerindo o fim da filosofia, tal qual ela exercia seu pensamento naquele momento histórico, como fonte de estudo da sociedade.

Para Comte, a sociologia deveria ser a ciência do Real, preocupando-se com o concreto e o útil. Desse modo, rompe com o pensamento Iluminista, carregado de abstração e metafísica. Comte entende a ciência como superação da filosofia, pois esta não consegue se desprender da metafísica, pois conjectura a partir de meras abstrações.

Inspirada no modelo baconiano e cartesiano, a Filosofia Positiva propõe a análise e a compreensão da sociedade através de uma observação que apreenda a realidade e tenha como condição fundamental o funcionamento das leis gerais da sociedade a partir de determinado padrão recorrente, que para Comte, seria a Ordem.

O pensamento Positivista apresenta a ordem como pré-condição do progresso, pois o colapso desta impossibilita o avanço tecnológico e científico. Segundo Comte, quem detém o conhecimento deve dirigir a sociedade. Para ele, os papéis sociais devem ser fixos, pois esta é a condição essencial para a manutenção contínua da ordem e, consequentemente, da marcha natural para o progresso.

Seu pensamento é alvo de inúmeras críticas devido ao seu teor conservador em razão da valorização dada à manutenção da ordem. No entanto, Comte propõe uma ordem que se mantenha saudável, que não pressuponha exploração nem a pauperização de uma classe social. Longe disso, valoriza o papel social de cada indivíduo, onde este nega a si em favor da coletividade e das gerações vindouras, ressaltando que todo papel social desempenhado é de enorme importância para o desenvolvimento da sociedade.

Ana Beatriz Cruz Nunes - 1º ano Direito noturno

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