Comte propõe a fundação de uma nova ciência, voltada ao estudo
da sociedade: a Sociologia; sugerindo o fim da filosofia, tal qual ela exercia
seu pensamento naquele momento histórico, como fonte de estudo da sociedade.
Para Comte, a sociologia deveria ser a ciência do Real, preocupando-se
com o concreto e o útil. Desse modo, rompe com o pensamento Iluminista, carregado
de abstração e metafísica. Comte entende a ciência como superação da filosofia,
pois esta não consegue se desprender da metafísica, pois conjectura a partir de
meras abstrações.
Inspirada no modelo baconiano e cartesiano, a Filosofia
Positiva propõe a análise e a compreensão da sociedade através de uma
observação que apreenda a realidade e tenha como condição fundamental o
funcionamento das leis gerais da sociedade a partir de determinado padrão
recorrente, que para Comte, seria a Ordem.
O pensamento Positivista apresenta a ordem como pré-condição
do progresso, pois o colapso desta impossibilita o avanço tecnológico e científico.
Segundo Comte, quem detém o conhecimento deve dirigir a sociedade. Para ele, os
papéis sociais devem ser fixos, pois esta é a condição essencial para a manutenção
contínua da ordem e, consequentemente, da marcha natural para o progresso.
Seu pensamento é alvo de inúmeras críticas devido ao seu
teor conservador em razão da valorização dada à manutenção da ordem. No
entanto, Comte propõe uma ordem que se mantenha saudável, que não pressuponha exploração
nem a pauperização de uma classe social. Longe disso, valoriza o papel social
de cada indivíduo, onde este nega a si em favor da coletividade e das gerações vindouras,
ressaltando que todo papel social desempenhado é de enorme importância para o
desenvolvimento da sociedade.
Ana Beatriz Cruz Nunes - 1º ano Direito noturno
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