Augusto Comte foi um filósofo do século XIX nascido na França, um dos
primeiros a defender que a o estudo da sociedade era uma também uma ciência. Comte
afirmava que havia uma lei fundamental que todo tipo de conhecimento segue, ele
estabeleceu três estados: teológico, em que todas as ações são explicadas por
elementos sobrenaturais; Metafísico, em que as ações são explicadas por forças
abstratas capazes de conceber todos os fenômenos; Positivo, em que há a renúncia
das questões abstratas em prol do conhecimento das causas dos fenômenos.
O filósofo francês formula uma teoria sobre as formas de organização do
conhecimento e da sociedade que complementa as ideias propostas por seus antecessores
Descartes e Bacon. Ele propunha, entre outras coisas, que a ordem da sociedade
devia ser mantida, pois a sociedade era como um organismo vivo, logo, não era
possível exigir que os braços e pernas assumissem o lugar do cérebro, ou seja,
que os trabalhadores cujas profissões fossem socialmente “repulsivas”
assumissem cargos de governantes, e vice-versa. Os indivíduos deveriam se
contentar com seu papel social em prol de toda a sociedade, para que o sistema
não entre em colapso.
Essa ideia proposta por Comte é uma tentativa de explicar os fenômenos
sociais de sua época, em que já havia miséria e grande desigualdade social,
inclusive nos países industrializados.
A filosofia positivista foi bastante utilizada durante o século XX, pois
visava a reorganização da sociedade moderna, numa tentativa de evitar os
conflitos de classe e permitir que houvesse progresso econômico. Atualmente as
práticas políticas positivistas são menos comuns, contudo na sociedade
brasileira há fortes exemplos do conservadorismo que ela implica, como por
exemplo a rejeição por vários setores da sociedade à lei de cotas.
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