Ao entrarmos em contato com as ideias de Auguste Comte,
notamos que termos como “ordem” e “progresso” são extremamente relativos e, se
tomados sob uma única perspectiva, apresentam-se como fundamentos de um
pensamento totalitário oposto aos princípios de governos democráticos que
adotam o pluralismo de ideias como pressuposto essencial para nosso progresso
social.
Em face de tal reflexão, surgem as seguintes indagações: “Vivemos
sob que tipo de ordem?”, “Tal ordem nos tem guiado ao progresso?”, “Até quando
podemos conciliar a ordem vigente com a contínua busca pelo progresso?”. A
partir de tais indagações, podemos dizer que a ordem sob a qual vivemos somente
nos permite o progresso por não se tratar de algo eternamente inflexível, isto
é, substituiu uma antiga ordem e futuramente será substituída por uma nova.
Por esta razão, pode-se afirmar que tal ordem se encontra em
um contínuo processo de reformulação, pois os próprios conceitos de ordem e
progresso são mutáveis, ou seja, sofrem
contínua influência do meio social no qual estão inseridos.
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