A “experiência” de Schrödinger foi realizada em 1935, cerca
de um século após a elaboração do Positivismo de Comte. Certamente, se o
filósofo francês houvesse vivido na mesma época do físico austríaco, teria
repensado sua tese.
Comte defendia a ideia de que o conhecimento científico é a única
forma de conhecimento verdadeiro, ou seja, tudo aquilo que não puder ser
provado pela ciência deve ser desconsiderado. Para tanto, o pai da sociologia
criou a Lei dos Três Estados, determinando que o Positivismo (a etapa final e
definitiva) deve ser baseado na busca pelo concreto e observável.
Contudo, o austríaco Erwin Schrödinger elaborou uma
experiência imaginária na qual um gato, ao ser colocado em uma caixa, estaria vivo
e morto, simultaneamente. Para compreender tal situação e seu resultado, é necessário,
inicialmente, aceitar o fato de que nem tudo pode ser observado e integralmente
comprovado.
Assim, torna-se imprescindível a negação – ainda que parcial
– da teoria de Auguste Comte. Sua visão unilateral quanto à forma de obtenção
do conhecimento é prejudicial para a compreensão da realidade nos tempos
contemporâneos.
Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno
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