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segunda-feira, 25 de junho de 2012

"QUERER NÃO É PODER"


Não quero me casar. Não quero ter filhos. Não quero fazer faculdade. Não quero trabalhar. Não quero respeitar os mais velhos. Não quero agradecer, nem pedir por favor. Não quero vestir o que está na moda. Não quero e não vou fazer nada disso. Em tese, todas essas negativas são possíveis, todavia na pratica, não. Tal fato ocorre pois a sociedade exerce tamanha influencia sobre o individuo que este torna-se refém, uma vez que se não seguir os seus costumes será certamente excluído. O homem é educado desde seu nascimento para que siga todos os mandamentos e ditames sociais, com a assimilação destes, toda e qualquer atitude fora destes padrões causará estranhamento. Tal fenômeno social foi intimamente estudado por Émile Durkheim, o qual acreditava que a sociedade é opressora e que impõe aos indivíduos maneiras de pensar, tipos de conduta, os quais são assimilados pelo seu poder coercivo. Com isso, o individualismo é sucumbido e seus ideais deixam de ser produzidos por sua consciência e passam a ser apenas transmitido por gerações passadas. Há um afastamento do que o homem acredita e o que ele faz, por pressão de toda sociedade, por isso a frase não deve ser “Não quero me casar” e sim, “Não queria”, pois quando a sociedade chega e diz “querer não é poder”, a frase deve mudar.
Marina Precinotto da Cruz, direito diurno

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