"O indivíduo age de tal maneira segundo o determinismo". É justamente esse pensamento que Max Weber procura combater pois, acredita que só uma análise empírica é capaz de esclarecer as ações humanas, visto que não há denominador comum de explicação para toda a dinâmica social. Portanto, a função da ciência não abrange determinar que papel social cada indivíduo incorporará.
O autor acredita que o pensamento marxista -tal como o enunciado anteriormente- contamina as ciências pelo determinismo e pelo dogmatismo (presente como consequência). É como se essa aceitação sem questionamento transformasse a ciência no oposto dessa, uma vez que a verdade absoluta é mais uma questão religiosa (mesmo que movida economicamente) que racional.
Devido ao fato de Marx potencializar as características econômicas, ocorre, por consequência, um rebaixamento dos demais fatores, como o papel social, a cultura presente, ... Já Weber delimita o fator econômico em três categorias (a luta material pela vida, o que é condicionado economicamente e os fenômenos economicamente relevantes). A cultura, a política e a tradição devem ser analisadas separadamente.
O tipo ideal defendido por Weber é o individualismo metodológico, que representa um projeto, para que se possa comparar a referência pressuposta com a realidade, para então ser erguida uma ação social, ou seja, é um método compreensivista e não unilateral, em oposição a defesa religiosa dos preceitos marxistas que vigoram até hoje (como se a "verdade absoluta" de Marx e Engels fosse a resposta para todas as perguntas da humanidade).
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