Depois do contato com o pensamento de Weber, é possível perceber a riqueza de seu conteúdo que abre novos horizontes para a compreensão da ação social, e que ao mesmo tempo traz um hermetísmo que distância leitores, e que, dentro de seu método, consegue uma análise menos geral das próprias ações sociais.
Do ponto de vista do dogmatismo do materialismo histórico, há uma grande crítica no sentido de não considerar essa análise eficaz na explicação de todos os fatos sociais. A partir dai é perceptível que Weber mostrou um caminho a seguir que não ficasse iludido apenas com questões econômicas, mas que tentasse enxergar mais a fundo as dinâmicas socias.
É fácil perceber a influência tradicional em um morador da zona rural que acredita nos poderes de um determinado santo para a obtenção de determinada graça. Existe um fundo de tradição religiosa que acompanha essa pessoa desde o seu nascimento e que influência nas suas ações. Assim sendo impossível o enquadramento daquela em uma visão puramente material.
Analisando algo mais amplo e não tão específico, em a “Ética protestante e o espírito do capitalismo” Weber defende que o desenvolvimento do capitalismo nos Estados Unidos da América derivaram, antes de tudo, de uma concepção moral que permitia a acumulação racional do capital.
Ora que com uma análise nesse sentido, é possível entender como a influência lusitana no Brasil foi e ainda é desgraçada. analisando pontualmente a questão política, é possível evidenciar a queixa de um estado profundamente corrupto, em obras de Eça de Queiroz fazendo menção ao estado português e que facilmente poderia se enquadrar na realidade brasileira.
Muitos criticam Weber sem nem mesmo estuda-lo, e isso ocorre em parte pela complexidade de seu pensamento. Em contrapartida, Weber está presente ainda hoje no campo de pensamento sociológico justamente por defender uma análise mais completa em relação aos fatos sociais que não é restrita e limitada, e que possui pontos positivos no sentido de defender a não contaminação da análise pelos valores do pesquisador, fato que atrapalha de forma gritante uma análise segundo a visão marxista.
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