Quando
Max Weber escreve “A objetividade do
conhecimento social na ciência social e ciência política” ele propõe uma
reformulação do pensamento marxista, na medida em que alega que nem todas as
ações sociais se baseiam, exclusivamente, em mecanismos econômicos.
Considerando a dificuldade de se achar um pensador ligado ao movimento de
esquerda que não apóie Marx em suas idéias Weber foi inovador, o que é bom,
pois inicia uma nova doutrina do pensamento de esquerda, mas ao mesmo tempo o
relegou ao segundo plano doutrinário, principalmente quando comparado ao grande
teórico do socialismo, e o faz ser rechaçado pelos radicais, como uma pessoa de
esquerda que trabalha pela direita. Tudo isso não necessariamente é verdade,
pois ele não nega toda a doutrina marxista, mas ele percebe que não é só um
fator econômico que faz com que problemas de ordem social ocorram, e sim todo
um contexto, que ele estuda com base em “tipos ideais”.
No mundo existem infindáveis
problemas de caráter social e, normalmente, as políticas de apoio que essas
causas possuem são poucas e, muitas vezes, ineficazes. Isso ocorre devido a
problemas de desvio de verba ou poucos investimentos em determinado segmento ou
região, e esses são motivos de ordem econômica para mazelas sócias. Porém
existem regiões onde as desigualdades não existem, pois infelizmente todos são
pobres, nesses casos o apoio internacional, normalmente, oferece alguma forma
de apoio, entretanto devido a desavenças de caráter cultural, como ser de
etnias ou religiões diferentes, o apoio é desviado e não chega até todas essas
pessoas, se perdendo no meio do caminho. Esse tipo de transtorno é motivado por
causas histórico-culturais de determinadas regiões ou tribos, o que acaba
restringindo um pouco a doutrina marxista.
Haja vista que todas as pessoas são
compostas pela junção de suas experiências, o modo como vive, de onde veio e
suas idéias e convicções pessoais, não é possível se afirmar categoricamente
que isso é motivado por mecanismos de mercado, pois a mente da pessoa se forma
por um conjunto de fatores externos e internos, inerentes a ela. Essa é uma das
propostas de Weber, que todas as pessoas são uma representação do que vivem e
não só um mecanismo do capital, isso não o faz ser um liberal e conservador, só
abrange mais sua forma de encarar as relações sociais.
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