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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Crítica weberiana ao determinismo


Quando Max Weber escreve “A objetividade do conhecimento social na ciência social e ciência política” ele propõe uma reformulação do pensamento marxista, na medida em que alega que nem todas as ações sociais se baseiam, exclusivamente, em mecanismos econômicos. Considerando a dificuldade de se achar um pensador ligado ao movimento de esquerda que não apóie Marx em suas idéias Weber foi inovador, o que é bom, pois inicia uma nova doutrina do pensamento de esquerda, mas ao mesmo tempo o relegou ao segundo plano doutrinário, principalmente quando comparado ao grande teórico do socialismo, e o faz ser rechaçado pelos radicais, como uma pessoa de esquerda que trabalha pela direita. Tudo isso não necessariamente é verdade, pois ele não nega toda a doutrina marxista, mas ele percebe que não é só um fator econômico que faz com que problemas de ordem social ocorram, e sim todo um contexto, que ele estuda com base em “tipos ideais”.
            No mundo existem infindáveis problemas de caráter social e, normalmente, as políticas de apoio que essas causas possuem são poucas e, muitas vezes, ineficazes. Isso ocorre devido a problemas de desvio de verba ou poucos investimentos em determinado segmento ou região, e esses são motivos de ordem econômica para mazelas sócias. Porém existem regiões onde as desigualdades não existem, pois infelizmente todos são pobres, nesses casos o apoio internacional, normalmente, oferece alguma forma de apoio, entretanto devido a desavenças de caráter cultural, como ser de etnias ou religiões diferentes, o apoio é desviado e não chega até todas essas pessoas, se perdendo no meio do caminho. Esse tipo de transtorno é motivado por causas histórico-culturais de determinadas regiões ou tribos, o que acaba restringindo um pouco a doutrina marxista.
            Haja vista que todas as pessoas são compostas pela junção de suas experiências, o modo como vive, de onde veio e suas idéias e convicções pessoais, não é possível se afirmar categoricamente que isso é motivado por mecanismos de mercado, pois a mente da pessoa se forma por um conjunto de fatores externos e internos, inerentes a ela. Essa é uma das propostas de Weber, que todas as pessoas são uma representação do que vivem e não só um mecanismo do capital, isso não o faz ser um liberal e conservador, só abrange mais sua forma de encarar as relações sociais.

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