É
natural ainda hoje encontrar aqueles indivíduos que, para sustentar seus
argumentos sobre certo ponto, acabam exagerando nas proporções de certos fatos,
como dizemos atualmente: “forçam a barra” apenas para provar aquele argumento
como certo.
Muitos seguidores de certas ideologias (sejam elas
religiosas, políticas ou qualquer outra que se possa existir) acabam, muitas
vezes, seguindo este lamentável caminho de argumentação, em que se faz uma
forte pressão para que a própria ideia se encaixe na ideologia em que se crê.
Tal
comportamento é facilmente visto ao longo da história da humanidade: a
utilização do darwinismo para explicar a superioridade da raça ariana dentro do
holocausto nazista é apenas um dos exemplos disponíveis. O dogmatismo usado
como base para uma argumentação fraca, imoral ou até mesmo ridícula, não é,
portanto, uma novidade histórica.
Webber
faz, então, uma crítica não só ao dogmatismo do materialismo histórico, mas à sua
aplicação forçada, encontrando, principalmente, nas causas econômicas todos os
problemas e na sua intervenção, todas as soluções.
Em
1904 Webber já enxergava tais falhas não nas ideologias em si, mas naqueles que
as reproduzem de forma dogmática, pragmática, com um quase fanatismo religioso.
Enxerga-se hoje que quase tudo que é levado neste tipo de “fanatismo” acaba não
sendo muito saldável para a sociedade, mas ainda assim alguns “fiéis” seguidores
não mudam seu discurso, mesmo que ele seja já reproduzido há quase duas décadas.
É
preciso entender que a sociedade, as pessoas, as ideias, e as relações entre
estes três mudam com o passar do tempo, assim deveria ocorrer também com as
doutrinas e ideias que permeiam os ambientes políticos e acadêmicos. A meu ver,
a sociedade chegou ao século XXI buscando sempre se inovar e avançar, enquanto
algumas ideias fazem de tudo para se manter no século XIX.
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