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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ideologia, eu quero uma para viver ?


É natural ainda hoje encontrar aqueles indivíduos que, para sustentar seus argumentos sobre certo ponto, acabam exagerando nas proporções de certos fatos, como dizemos atualmente: “forçam a barra” apenas para provar aquele argumento como certo. 

Muitos seguidores de certas ideologias (sejam elas religiosas, políticas ou qualquer outra que se possa existir) acabam, muitas vezes, seguindo este lamentável caminho de argumentação, em que se faz uma forte pressão para que a própria ideia se encaixe na ideologia em que se crê.

Tal comportamento é facilmente visto ao longo da história da humanidade: a utilização do darwinismo para explicar a superioridade da raça ariana dentro do holocausto nazista é apenas um dos exemplos disponíveis. O dogmatismo usado como base para uma argumentação fraca, imoral ou até mesmo ridícula, não é, portanto, uma novidade histórica.

Webber faz, então, uma crítica não só ao dogmatismo do materialismo histórico, mas à sua aplicação forçada, encontrando, principalmente, nas causas econômicas todos os problemas e na sua intervenção, todas as soluções.

Em 1904 Webber já enxergava tais falhas não nas ideologias em si, mas naqueles que as reproduzem de forma dogmática, pragmática, com um quase fanatismo religioso. Enxerga-se hoje que quase tudo que é levado neste tipo de “fanatismo” acaba não sendo muito saldável para a sociedade, mas ainda assim alguns “fiéis” seguidores não mudam seu discurso, mesmo que ele seja já reproduzido há quase duas décadas.

É preciso entender que a sociedade, as pessoas, as ideias, e as relações entre estes três mudam com o passar do tempo, assim deveria ocorrer também com as doutrinas e ideias que permeiam os ambientes políticos e acadêmicos. A meu ver, a sociedade chegou ao século XXI buscando sempre se inovar e avançar, enquanto algumas ideias fazem de tudo para se manter no século XIX. 

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