A partir da
dicotomia entre „o que é“ e o que „deveria ser“, pode-se encontrar um caminho a
ser seguido. Nao porém um caminho em direcao a um fim último, que toma o que “deveria
ser” como fim, um telos, que engendra,
uma série causal, mas antes como um ponto de partida. A construcao do tipo ideal é aqui somente o início do
processo que visa uma análise sociológica mais satisfatória e para isso parte
de um conceito genérico para investigar os valores sociais e culturais que
movem e determinam as acoes de um individuo específico. Mas talvez ainda possa
caber a pergunta sobre a construcao deste tal tipo ideal em questao. Quais seriam os fundamentos primeiros para a
construcao deste ponto de partida? Nao existiria um problema em conceber,
primeiramente, uma nocao prévia e genérica exatamente do objeto a ser
investigado? Talvez aqui se encontre o dilema de que a própria acao de observar
do observador já contém em si uma construcao, já modifica o objeto a ser
investigado, ou seja, da dificuldade de eximir os conceitos morais e culturais
do observador na própria análise sobre o objeto a ser observado.
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