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segunda-feira, 25 de junho de 2012


 Compreender o Ser igual e o Ser igual diferentemente
Pensando-se em todos os seres humanos que encontramos na rua na saída de casa até ao trabalho: são vários; são homens e mulheres; crianças, jovens, adultos e idosos; estão de chinelo ou não; estão de carro ou não; alguns são ricos outros mais pobres; são diversos! Cada um possuí sua característica física diversa do outro, entretanto, se colocássemos essas pessoas enfileiradas, nuas e com os cabelos raspados, seriam muito mais parecidas, sem as roupas, sem os cabelos, a semelhança seria cada vez maior.
Em nenhum momento dessa análise observativa e até talvez um pouco taxativa, conversamos com essas pessoas. Se fossemos entrevistar essas pessoas, elas diriam onde nasceram, o que gostam de comer, se e onde trabalham, quais suas crenças, quais são seus medos, enfim, diriam quais são basicamente os seus valores, inclusive, qual seria a sua posição em todo o sistema de classe do mundo capitalista.
A partir desse momento, mesmo enfileirados e nus, deixaram de ser parecidos, agora suas diferenças são extremas, com valores diferentes. Porém, se a separação tivesse somente levado em conta as classes sociais chegaríamos a um grupo de pessoas com certas semelhanças: pois não tem como destituir o determinismo do materialismo histórico, esse determinismo existe, mas não é o único fator que se deve levar em consideração. Dentro desse grupo de pessoas com a mesma classe social, existe também pessoas opostas levando-se em conta outros aspectos!
Os seres humanos não podem ser, de maneira alguma totalmente iguais... Embora vivam na mesma sociedade, na mesma condição social, no mesmo emprego, na mesma casa... Cada um possuí seus próprios pensamentos, seus sentimentos, sua fé. Talvez obviamente o determinismo social convirja para pessoas de certa forma serem muito semelhantes, mas nunca iguais.
E se a compreensão de determinada sociedade se faz necessário para certo pesquisador, ou a um cientista social o tipo ideal é apenas o primeiro passo para toda essa complexidade da vida humana, seguido de toda uma análise compreensivista. Talvez, esse método seja um pouco mais complexo e leve mais tempo para se concluir, mas é somente dessa forma que se chegará a uma verdade (no caso, inclusive cientifica).
Além disso, essa compreensão não deve partir apenas por parte de pesquisadores, mas também por parte de todos os outros humanos que querem conhecer as sociedades humanas. Ou conhecer apenas um idoso que fica sentado na praça todos os dias... ele existe muito além de um salário mínimo... perdeu a mulher, os filhos o abandonaram, ficou doente e apesar de tudo ainda possui suas crenças, seus valores.



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