Weber é marcante pela sua racionalização do mundo e sua base empírica. Dessa forma ele analisa a sociedade ocidental com um olhar de distanciamento, sem deixar que as emoções ou as opiniões pessoais sem fundamentos interfiram.
Para ele o capitalismo não se baseia somente no consumo ou na vontade de se acumular, porque mesmo em tempos remotos o poder estava nas mãos de quem possuía mais riquezas, esse fato isoladamente não caracteriza o sistema atual. Weber estuda a sociedade moderna e chega à conclusão de que o capitalismo baseia-se na organização racional do trabalho com o objetivo da obtenção dos lucros. Tudo está voltado para o sistema, desde o desenvolvimento das ciências exatas para maior controle das perdas e ganhos, até a criação da proteção legal para as práticas capitalistas.
Analisar o momento histórico em que se vive é muito mais trabalhoso do que analisar tempos passados, mas Weber possui essa capacidade e afirma que para o mundo a acumulação e o trabalho ganham sentido de virtude e caráter, o emprego se torna algo essencial para a vida, porque alguém que não se ocupa de alguma atividade remunerada não terá condições de consumo e de inserção social.
A partir da obra em questão, podemos concluir que apesar de todas as criticas que o capitalismo recebe, ele não se sustenta sozinho. Não há porque a sociedade critica-lo se continua a apoiar o consumo desfreado. O sistema, segundo o autor, só se concretizou devido à acumulação desfrada em busca do poder, a desigualdade sempre existiu. O capitalismo só surgiu por causa da própria natureza humana e seu "espírito de acumulação".
Nenhum comentário:
Postar um comentário