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terça-feira, 2 de abril de 2019


O filme “O Ponto de Mutação” de Bernt Capra coloca em pauta duas visões de mundo, uma mecanicista, defendida por Francis Bacon e René Descartes, e outra sistêmica. A primeira, apresenta métodos científicos como forma de buscar a verdade, porém, ainda que tais pesquisas fossem eficientes, muitas vezes, não apresentavam resultados efetivos no âmbito de como resolver as problemáticas. Faltava à essa corrente entender que os problemas não são individuais, mas sim parte de um conjunto que também passa por problemas. Já a visão sistêmica, apoiada pela personagem Sônia do filme, entende que é necessário analisar o mundo como um todo para entender o que está por trás da adversidade, e desta forma conseguir uma solução concreta.
Atualmente, no Brasil e no mundo, passamos por um período onde ideias de extrema direita voltaram à tona. Isso fica evidente ao analisarmos alguns acontecimentos recentes como em Chemnitz, na Alemanha, onde neonazistas mostram nas ruas seu ódio contra os imigrantes. No Brasil, louvam a tortura e o “cidadão de bem”, elegem aquele que daria um jeito à “corja” responsável pelos males do país:  LGBTs, comunistas, mulheres, negros e indígenas.
É possível se estabelecer um paralelo entre o filme e a realidade mundial atual, pois, para entendermos o fenômeno político que está acontecendo nesse momento, é necessário que olhemos para este como um todo, assim como a personagem defende no filme. Tudo isso é parte de um conjunto de problemas que atuam simultaneamente na sociedade contemporânea, problemas de cunho econômico, político e cultural. É de suma importância que entendamos os motivos que levaram à essa realidade e que busquemos soluções concretas de como resolver tais problemáticas.

Camilla e Silva Garcia da Rocha - Direito Noturno - 1º ANO



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