Desse
modo, surge a importância do saber fundamentado, fazendo uso de princípios
científicos que permitam obter uma visão clarividente, seguindo métodos de
análise. Porém, como abordado no filme supracitado, não pode ser algo
mecanicista, deve-se compreender que a natureza age como um sistema e, para
entender seu funcionamento, é preciso observar o todo e não somente partes
isoladas, criando leis precipitadas. Assim, abandonando o famigerado senso comum, o qual pode deturpar a
sociedade e transformá-la em um local de convivência danosa, podendo tangenciar
o fascismo nas relações em sociedade.
Não obstante, o cientismo endeusado como uma religião também não é sadio, pois
aqueles que produzem o conhecimento – os cientistas – têm que agir com
responsabilidade, não transferindo-a aos financiadores e afins. Outrossim, a
situação é hiperbolizada com a população que não se sente motivada a estudar e
considera que somente os indivíduos que ocupam lugares de “sábios”, devem
estudar e se atualizar. Dessa forma, ambos posicionamentos atrasam o
desenvolvimento e a ciência.
Portanto, para alcançar um saber
puro e sem as “amarras” da percepção individual, é preciso superá-las. O mesmo
ocorre no Mito da Caverna idealizado por Platão, em que as pessoas aprisionadas
eram capazes de enxergar apenas sombras e, ao se soltarem, conseguem apreciar o
verdadeiro significado e forma das coisas. Nesse âmbito, é possível vislumbrar
uma sociedade justa e sem espaços para o fascismo.
Bianca de Faria Cintra - Direito Noturno, 1º Ano.
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