O filme dirigido por Bernt Capra cuja obra "Ponto de Mutação" faz uma crítica em relação à fragmentação do conhecimento que posteriormente é aplicada na prática de maneira mecanizada e somada à cultura materialista e individual que compromete a natureza. Tal problemática foi retratado pelo filósofo Francis Bacon que considerava, como um grande erro tanto à filosofia quanto à ciência a propagação de que a natureza era um assunto que já foi estudado em exaustão e ,assim, poderia ser abandonado, umas vez que " vezo professoral ou por ostentação" já demonstraram suas convicções. Portanto, para Bacon "nenhum saber é absolutamente seguro" e manipulável com exatidão pelo ser humano ainda que compreenda o mecanismo.
A presença de atores com personalidades diferentes, isto é, um político,um escritor e uma cientista evidência o conhecimento multifacetado ao ponto de envolver até mesmo obras filosóficas, que auxiliam na interligação dessas distintas áreas. Assim, os personagens do filme cita René Descartes que inclusive ressalta os pensamentos desse filósofo " filosofia ensina a falar com coerência de todas as coisas e de se fazer admirar", dessa forma observa-se as ideias do filósofo sendo aplicadas no enredo da obra cinematográfica de maneira que a fragmentação de cada conhecimento e posteriormente a junção torna-se capaz de fazer o relógio e sistema funcionar. Mas, tal ideia de situações separadas é analisada como limitadas, pois existem formas mais eficientes de resolver-se os problemas como o uso do bom senso e precaução.
A questão que envolve o declínio da participação da povo na politica também é retratado no filme, pois demonstra a desconfiança da nação em relação ao governo "atrás do inocente , pode haver um político calculista, mas atrás do político há um inocente". Logo, verifica-se que o uso demasiado da articulação constituiu governantes ambíguos tanto nos discursos quanto nas práticas de maneira que os próprias pessoas próximas ficam desconfiadas como apresentado no vídeo e no discurso de Descartes "(...)cobre e vidro o que eu tomo por ouro e diamantes. Sei como estávamos sujeitos a nos enganar no que nos diz respeito, e como também nos devem ser suspeito os juízos de nossos amigos, quando são a nosso favor".
Marisa Seiko Endo, Direito noturno.
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