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terça-feira, 2 de abril de 2019

A ascensão do fascismo na sociedade individualista


O fascismo é um movimento contrarrevolucionário formado pelas pequenas burguesias, como uma forma específica de dominação através do capital. Teve seu advento no pós-Revolução Russa, através de Benito Mussolini – líder italiano – e possuía por objetivo o combate ao comunismo e a eliminação da esquerda do quadro político.
Após a Segunda Guerra Mundial, surge o denominado neofascismo, um movimento que se assemelha ao fascismo clássico em suas características principais, tais quais o ultranacionalismo, anticomunismo, autoritarismo e a oposição ao sistema democrático. Essa ideologia ressurge no século XXI, no Brasil e no mundo, respondendo pela anti-esquerda e pela regressão econômica, além de buscar a reforma do modelo neoliberal. A democracia e as políticas sociais são ameaçadas pela volta desse tipo de ideologia, demonstrando uma sociedade individualista e doente.
A ascensão desses movimentos nos dias atuais pode ser explicada pela crise do capitalismo, - um sistema que por si só, preza pelo individualismo - gera uma revolta geral, e então, ao invés da sociedade optar pela reforma desse sistema, ocorre a busca por líderes que prometem realizar as satisfações individuais.
Uma perspectiva mais holística acerca deste tema remete à obra “O Ponto de Mutação”, por Bernt Capra, que retrata problemas políticos e sociais, destacando a necessidade do despertar de uma consciência ecológica e abordando também, a Teoria de Sistemas, demonstrando que as ciências da natureza, sociais e a política devem ser interligadas e vistas como um conjunto, como as peças que fazem um relógio funcionar.
Além disso, o filme faz uma crítica ao pensamento racionalista de Descartes, que colabora com a visão dos políticos, em que o mundo, as coisas e as pessoas, são entendidos como máquinas que podem ser controladas. Essa questão, aliada aos ideais individualistas e egoístas da sociedade, gera a ascensão de governos tiranos e despreocupados com os problemas sociais e ambientais, permitindo uma maior difusão dos princípios fascistas.
Ademais é possível concluir que a mudança se inicia com a alteração da maneira de como vemos tudo ao nosso redor, e que a ciência capaz de combater o fascismo deve ser baseada na teoria de sistemas, que integra todas as ciências que regem o mundo e as ciências sociais, fazendo com que, destarte, o meio ambiente e a sociedade caminhem juntos em equilíbrio e harmonia.   

Daiana Li Zhao 
1° ano - Direito (Matutino)

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