De acordo com o artigo numero cinco do código federal,
todos são iguais perante a lei. Mas é preciso colocar tal fato em cheque para
chegar á uma verdade incontestável, este ato cartesiano concluirá que não somos
todos iguais perante a lei e que alguns possuem seu direito negado devido
apenas à cor de pele.
A tirinha acima, de Alexandre Beck, demonstra como o
racismo é irracional e fere direitos básicos como o de ir e vir, pois a criança
não pode utilizar seu próprio bem sem ser questionada. Contudo, como o individuo
pratica tal ato de racismo, sendo que segundo Descartes a razão é igual em
todos os homens? A resposta a esta indagação encontra se também em Descartes:
pois existe uma racionalidade maligna na ação preconceituosa, por esta ser
metodicamente aplicada por órgãos governamentais. Isto é visto nas táticas
policiais na abordagem violenta aos negros e, em no acesso á itens básicos como
a saúde, já que uma pesquisa do jornal época expôs que somente 69,5% de pessoas
de pele preta tiveram acesso a atendimento e medicamento no ano de 2014.
Outro ponto é o receio por parte da população negra, abordado
na tirinha, já que depois de repetidas experiências de racismo o individuo é
induzido a ter determinado comportamento. Esta atitude foge da esfera racional,
uma vez que todos são iguais de acordo com a lei logo a criança não deveria ter
medo de correr, mas sim sentir se protegido pela presença policial. Entretanto
a experiência demonstra que a policia não esta a serviço desta grande parcela
da sociedade, já que dois em cada três jovens mortos pela policia militar de
São Paulo são negros.
Por conseguinte, é claro que o racismo no Brasil é algo
cartesianamente estruturado e aplicado por diversas esferas governamentais,
cerceando direitos e induzindo as á comportamentos de preservação de suas
vidas, já que estão a mercê do estado.
Mariana Santos, 1°ano Noturno
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