Uma peça quebrada
Ao longo do filme "O ponto de mutação", obra de Bernt Capra, é apresentado uma conversa entre uma física, um político e um poeta que discutem suas percepções sobre o mundo.
Com a visão cartesiana o mundo é tido como um grande relógio com suas engrenagens, no qual deve-se reparti-lo em parcelas a fim de melhor soluciona-las. Porém a personagem Sônia critica esse método e o enxerga como mecanicista, afirmando que ele domina especialmente a opinião dos políticos, e isso é uma realidade que perdura ainda nos dias atuais. A mulher propõe que se adote uma visão sistêmica, onde a natureza é vista como um todo, uma teia inseparável de conexões e não separadamente em peças.
Na palestra realizada no dia 28/03 com a temática "O Fascismo e suas manifestações contemporâneas" foi debatido sobre esse regime político extramamente autoritário que atormentou a Itália no século XX e outras regiões. Uma das principais causas do surgimento desse movimento foi o medo do crescimento do socialismo.
Recentemente, surgiu a expressão neofascismo, que possui relação com o fascismo clássico. Após um governo de 14 anos de governo do PT, houve uma ascenção de partidos de extrema direita no Brasil que foi vista como uma derrota da esquerda. E o atual Presidente da República é visto como um fascista por conta de seus discursos e de seu exagerado patriotismo.
Segundo um dos palestrantes, a derrota do Fascismo foi apenas militar, a ideologia permaneceu. E com isso faz-se uma analogia à uma fala de uma das personagem da obra de Capra que diz que a a peça quebrada do relógio poderia ser consertada, mas ela quebraria novamente após algum tempo, é preciso revisar a máquina como um todo. Ou seja, o movimento fascista pode voltar, é preciso analisar todo o contexto histórico, tanto do Brasil, quanto do mundo e tomar medidas para se evitar que isso aconteça.
Beatriz Cristina Silva Costa- Direito Noturno
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