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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Sobre verdades absolutas e médicos cubanos: o positivismo ainda vive?

O positivismo foi idealizado por Auguste Comte no século XIX. Apesar disso, essa corrente filosófica continua influenciando o cotidiano, evitando assim a obsolescência natural. Isso se prova com o lema "ordem e progresso" presente tanto na atual bandeira nacional, quanto no slogan do governo de Michel Temer.

Segundo a filosofia positivista, o conhecimento foi edificado em três estágios: teológico, metafísico e positivo. Dessa forma, pode-se traçar um paralelo a partir da contemporânea "endeusificação" da ciência como a única fonte de conhecimento possível de descobrir a verdade absoluta. Prova disso é a ideia de que, de acordo com Comte, o estado positivo é superior devido ao amadurecimento da explicação do mundo.

Outro ponto do positivismo diz respeito ao sistema geral de ideias positivas. Isto é, a corrente filosófica critica a excessiva ramificação da ciência, mas tem consciência de que o progresso particular do saber jamais seria possível sem as repartições. Analogamente, a especialização, sobretudo nas ciências médicas, é um atual problema brasileiro. Para isso, a vinda de médicos cubanos se tornou imprescindível como uma ação paliativa para o déficit de profissionais na área da saúde em determinadas regiões do país.

O positivismo, portanto, continua hodierno no Brasil. Seja pela estratificação do conhecimento ou pela especificação exagerada da ciência tal como uma "Torre de Babel", a física social de Comte está enraizada nas questões cotidianas. Dessa maneira, o estudo dos clássicos da sociologia tem aplicação direta no presente, visto que a história é cíclica.

Fernando Jun Sato. 1º Ano de Direito (diurno)

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