O
positivismo surge proposto por Auguste Comte com a perspectiva de normatividade
em uma sociedade que começa a firmar seus paradigmas em bases estritamente econômicas.
O cenário exposto é fruto do crescimento das indústrias e do capitalismo que
por desastrosa consequência acabou por criar moldes como os das fábricas onde
tudo que não se encaixa não é útil. O resultado dessas leis imutáveis é a
transformação das pessoas em atores sociais, cada um com seu papel, como
máquinas, que em ordem, estruturam o que conhecemos.
O problema em buscar universalizar a
realidade e estabelecer uma ordem natural de fatos dentro da sociedade é que tudo
o que não cumprir com as expectativas, acaba sendo renegado e desmerecido, e
esse é um dos grandes problemas do século XXI. Há uma preocupação com o
material tão grande que desde pequenos temos uma vida sistematizada e
organizada por terceiros para que nada fuja do que é necessário para o avanço e
bem de “todos”.
Não
pense, trabalhe! Produza! Seja útil! Palavras de ordem que desmerecem a essência.
Mas e a diversidade? O que acontece com quem não segue os padrões? Certamente
um positivista responderia que indivíduos como tais apenas comprometem o
progresso, um exemplo disso, pode ser visto no ódio que se alastra junto ao
conservadorismo à diversidade e a preocupação com a sua manutenção por meio de ações
afirmativas e a previsão de direitos.
Aparentemente
não há mais espaço para a empatia dentro da sociedade positiva, movimentos
sociais são calados e a moral é exaltada, a ciência que um dia propôs a ruptura
com o metafísico acaba sendo guiada pelo “homem de bem” e sacrificando
muitos para que seus objetivos sejam alcançados. Será nessas conjunturas que se
encontra o crescimento político, social e intelectual?
Victória Cosme Corrêa - 1º Ano Noturno.
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