A
Revolução Industrial e a Revolução Neolítica são dois das três momentos
históricos que mudaram o curso da humanidade, com o avanço tecnológico favorecendo
esses acontecimentos. O outro momento que moldou a civilização ocidental foi a
Revolução Francesa, que se diferencia das anteriores por não ter uma inovação
tecnológica colaborando para seus acontecimentos. Tal exceção à regra colabora
para analisar a filosofia positivista, e sua Lei dos três estados.
A contribuição que Revolução Francesa
fornece para a análise do texto de Augusto Comte está nos motivos que levaram à
tal ruptura da sociedade contra a organização social vigente, porque foi a
presença de novas ideias, e não de uma nova tecnologia, que desencadeou os acontecimentos.
O que coloca em dúvida a progressão linear da sociedade no tempo, pois, o
surgimento de ideias pode afetar a sociedade de maneira profunda e o pensamento
humano não ocorre de forma linear.
Em Curso
de filosofia Positiva a Lei dos três estados são denominadas por Comte como
Teológico, Metafísico e Positivo; sendo o positivismo o estágio final no qual a
humanidade nega as forças abstratas buscando as Leis naturais. Essa negação do abstrato sugere a inadequação
do místico na sociedade moderna, o que seria equivocado de se pensar, pois, o sobrenatural
e a tradição são tão humanos quanto seus instintos naturais.
Assim, são os acontecimentos posteriores a publicação
do texto de Comte que coloca suas ideias, de pretensões universais, a prova. E
os eventos subsequentes serão exemplos do poder da ideias na subversão das leis
sociais, sendo o Nazismo e o Comunismo as ideologias de maior influência nos incidentes
do século XX.
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