Numa época de mudanças intensas no mercado e na indústria, a
economia, a educação e todas outras instituições da sociedade não ficaram de
fora das transformações. Nesse cenário surge o primeiro Filósofo Social, Augusto
Comte, ou como se denominava também “Físico Social”, e seu discurso ficou
conhecido como “positivismo”.
Um conceito, que tinha como base a estática das instituições
para promover a ordem, fazia sentido naquela época, quando acreditava que havia
necessidade de se organizar tudo de novo para que o progresso da sociedade não
cessasse. Porém, até hoje podemos ouvir discursos que tem seu fundo positivista,
que disfarçam o preconceito e conservadorismo em “preocupação com a ordem”.
Um negro em restaurante de luxo, uma mulher ocupando o cargo
de C.O. numa grande empresa, uma mulher negra dentro da universidade, o
casamento homossexual, um empresário de sucesso que veio das periferias...
Todas essas situações parecem espantar os olhos das “pessoas de bem”, causa
desconforto simplesmente por estarem fora da ordem que se acredita existir. Essas
pessoas parecem fora do seu lugar.
Essas diversas situações acontecem com frequência nos dias
de hoje, não são fora da lei, e muito menos passivas de punição. Entretanto, a
sociedade e os olhares insistem em dizer onde é o lugar de cada um, punindo com
suas risadinhas de canto, as portas que não se abrem nas empresas, certos
direitos que ainda não são concedidos aos casais homossexuais. Acreditar que
existe um lugar fixado para cada um que nasce no mundo é acreditar que nascemos
destinados, portanto, precisamos nos contentar e exercer esse papel. E isso não
deve acontecer.
Luísa De Luca, 1 direito noturno.
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