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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Religião da Humanidade

Em sua obra, Auguste Comte defende que o fator sobrenatural deve, gradativamente, ser extinto do meio social, primando-se pelo conhecimento científico. Essa concepção parece ser contrária à existência das religiões, porém o autor deixa claro que o homem possui uma religiosidade natural, sendo esta uma tendência humana a se unir em torno de uma ideia ou crença. Comte propõe deste modo, seu próprio culto, que não depende de fatores sobrenaturais ou místicos, a Religião da Humanidade.
Essa nova ideia surge com a prerrogativa de manter a unidade humana, sendo guiada pela razão e ressaltando o espírito de fraternidade, possuindo como lema: "Amor por princípio, ordem por base e progresso por fim". Há também a valorização do Espírito Positivo, que de acordo com a nova religião é tudo aquilo que é real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
Vale destacar a forte presença positivista no Brasil, que se manifesta principalmente no movimento republicano, tendo este encerrado o Império, que controlava e barrava a proliferação da ideologia positiva. Tal influência ecoou em território nacional como em nenhum outro país, havendo também o desenvolvimento da religião comtiana. Há, atualmente, em todo o mundo, apenas quatro Templos da Humanidade (local onde se realiza o culto positivista), sendo que três destes se localizam em território brasileiro, e o outro foi construído por brasileiros na França, revelando a importância brasileira na questão. Deste modo, com o passar do tempo, essas ideias de religião perdem cada vez mais força, e o culto, que nunca foi expressivo, luta hoje contra sua extinção, sendo o Brasil sua principal chance se sobrevivência.

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