A teoria positivista de Comte se baseia, sucintamente, na existência de
leis invariáveis. Elas são fixas e derivam de uma observação coletiva da
sociedade, excluindo o particular, e na divisão do estados do pensamento humano
em três: o teológico, o metafisico e o positivo. No primeiro são colocadas as
verdades em acontecimentos divinos, e, correlacionando com a história da
humanidade, a época em que os acontecimentos eram atribuídos a deuses e aos
mitos. No segundo, a verdade é explicada por entidades mais abstratas, formando
o estado de transição, em que a observação e a análise da realidade começam a
serem feitas de forma mais precisa, porém ainda contemplativa. E no terceiro, o
estado positivo, há a verdade pela ciência e pelo raciocínio, chegando nas leis
universais.
Dessa forma, é possível afirmar que o Brasil é positivista não apenas em
sua bandeira, e principalmente em suas organizações. O exército brasileiro
foi formado e enraizado em seus princípios, assim como o próprio pensamento
conservador da população. A ideia da necessidade da ordem e da imutabilidade da
conjectura social, explica a atual intolerância às particularidades, além do
valor atribuído ao trabalho fazer com que sejam condenados os que não o
praticam, independentemente do seu contexto individual. O culto à ciência e ao
conhecimento derivado apenas de pensamentos concretos, sem superstições e
crenças, contribui também para a intolerância religiosa.
Assim, no contexto atual de crise econômica, descrença política e de embates
sociais, a busca por uma ordem e por algo fixo e certo se torna crescente,
porém, o positivismo é excludente. A impossibilidade da mudança e da
flexibilidade faz com que ele seja, em suas próprias bases, incoerente ao
contexto sociológico atual, mas, infelizmente, infinitamente ainda
aplicado.
Thalita Andrade Barbosa- 1° ano Diurno
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