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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Sociedade industrial e saúde humana.

Existindo em uma sociedade pós moderna líquida de crise de valores em diversos níveis, mundo que a séculos já não se pauta pelas explicações teológicas e metafísicas, passamos através da era da industrialização que caminha para um novo momento, um mundo pós industrial, com o capital baseando-se não mais pelo objetivo de produzir maior quantidade em menor tempo, mas lucrando agora com a venda da criatividade, da estética, produtos imateriais e capital virtual. Juntamente com essas mudanças, temos um repensar sobre os conceitos positivistas nesse novo mundo.
            O positivismo pregou a exaltação do saber científico sobre as outras formas de conhecer o mundo, dizendo como fato que a humanidade caminharia para uma sociedade industrial positivista em que os problemas que afligem os humanos seriam derrotados pela ciência. Atendo-se a um ponto específico, vejo a questão da definição de ordem, palavra fundamental para Auguste Comte, fundador da filosofia positiva. O lema escrito na bandeira do Brasil define a ideologia: ordem e progresso. Ordem que manteria o progresso. Ordem que permitiria o progresso. Com o objetivo de melhorar a vida humana e nos alçar a nosso máximo, uma sociedade deveria ser muito bem ordenada para seu bom funcionamento.
            Entre o repensar sobre o positivismo, dito no início do texto, vejo necessidade do repensar sobre a extrema ordenação das coisas. O mecanicismo do mundo me parece ter retirado a organicidade das relações e do viver humano, onde tentar racionalizar ao máximo seres complexos biológicos como a espécie humana me parece um possível fator que está, discretamente, causando um período obscuro. Desenvolveu-se industrialmente a cura para infecções, combate-se o câncer, transplantam-se órgãos, e o que nos mata é a depressão. Fato é que algo está de errado com as relações humanas para termos crescimento claro e significativo de doenças psicológicas como depressão, pânico, bipolaridade e ansiedade, onde trago como último debate, se isso não seria fruto do positivismo e de outras ideologias que ignoram o lado humano, suas limitações e impulsos animais e irracionais, prendendo os homens em uma forma de viver da qual ele não está sendo capaz de suportar, refletindo, dramática e fortemente, em mentes afligidas em um mundo onde todas as doenças físicas podem ser enfrentadas.


Daniel Chaves Mota – 1º Ano de Direito (noturno).

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