Durkheim, fatos sociais e coerção
Durkheim teve o trabalho de iniciar o processo de institucionalização da sociologia nos colegiados universitários de sua época. Para tal empreitada o autor lança as bases do método sociológico no seu livro " As Regras do método sociológico. Neste há uma constante procura de como o pesquisador deve se relacionar com o objeto da sua pesquisa, pois nas ciências sociais tal matéria demonstra-se complicada, na medida que o observador está, muitas vezes, imerso no âmbito de seu objeto de estudo. Durkheim propõe ,então ,o completo desprendimento passional do observador/pesquisador de seu objeto de estudo, ou seja, o indivíduo que pesquisa deve tratar os fatos sociais como coisas.
Em seguida o autor coloca como objeto de estudo da sociologia o fato social. Este, seria exterior aos indivíduos, isto é, seria implantado fora da psique individual de uma pessoa, pela educação e trocas/vivência sociais que o indivíduo teria em sua vida. O fato social seria também imperativo, coercivo para o indivíduo, recebendo este duras sanções da sociedade caso lute contra aquelas "leis sociais". Assim, Durkheim cria uma crise moral no homem pelo dilema de até que ponto seriamos livres, morando em um ambiente essencialmente coercitivo para a repetição de fatos intrínsecos ao pensamento coletivo.
Logo, Durkheim iniciou importantes debates que são característicos da sociologia e das ciências sociais alegando a existência de sociedades e não de apenas uma sociedade universal; criando um campo de estudo para a sociologia a separando de outras ciências como a biologia e psicologia e finalmente percebendo os grilhões imperativos provocados pelos fatos sociais na sociedade e no pensamento coletivo.
André César S. A. Costa Direito Noturno
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