Se René
Descartes e Francis Bacon iniciaram uma revolução e Augusto Comte estruturou a
mesma, o francês Émile Durkheim deu a essa nova forma de pensamento – que posteriormente
seria denominada de “Sociologia” – um eficaz e polêmico sistema metodológico.
Durkheim busca,
em “As Regras do Método Sociológico”, consolidar a sociologia comteana como
ciência do conhecimento, visto que em sua época havia várias ciências buscando
também a consolidação. Para tal fim, o pensador francês estabeleceu dois
propósitos em sua obra: determinar o objeto e um método sociológico.
Como objeto de
estudo, Durkheim estabeleceu o que ele denominada de “fatos sociais”. Como a
expressão já se encontrava desgastada devido ao seu uso genérico, Durkheim ainda
estabelece sua concepção do conceito de “fatos sociais”: “consistem em maneiras
de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de
coerção em virtude do qual se lhe impõem.” Durkheim, em sua obra, também
destrói a ideia de individualismo absoluto do homem, dizendo que “a maioria de
nossas ideias e tendência não são elaboradas por nós, mas nos vêm de fora”.
Estabelecido o
objeto, Durkheim buscar estabelecer o método de conhecimento sociológico, e é
justamente nesse método que se construiu a maior crítica ao pensador. A
proposição de Durkheim se baseia na premissa “ver o fato social como coisa”, ou
seja, analisar os fatos sociais com objetividade, sem envolver a subjetividade.
E a partir de uma análise superficial dessa premissa, iniciou-se uma série de
críticas quanto a frieza e falta de humanidade do método.
Essa “frieza”
de Durkheim, apesar das críticas, foi essencial a sociologia, pois, deu a mesma
credibilidade em suas formulações a outras feitas por ciências já plenamente
aceitas na comunidade científica, como a biologia e a geografia.
obrigada me ajudou muito valeu
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