A discussão sobre os fatos sociais requer não só uma metodologia adequada ao fim pretendido, mas um conhecimento a fundo sobre o que pode ser classificado como fato social, além da sua relação com a estrutura política.
A metodologia utilizada deve levar em consideração que além da observação e análise dos fatos como coisas, mantendo o distanciamento do objeto, deve haver a busca da compreensão da correção que os indivíduos sofrem, sendo que esta é feita de maneira sutil, não sendo possível desviar-se.
O fato social como coisa busca o não envolvimento, emocional ou político, do cientista e do objeto, mantendo assim a rigidez metodológica. Tal forma de pesquisa é utilizada para diferenciar a sociologia da ideologia, esta é formulada no campo das ideias (paixões), já aquela é um instrumento para compreensão do fenômeno social.
A classificação de um fenômeno como fato social leva em consideração as propriedades marcantes de existir fora da consciência individual. Sendo que, "consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder coerção". Tal coerção torna-se hábito com o tempo, não sendo substituída.
O hábito é, portanto, uma consequência da coerção social sofrida pelo indivíduo. Isso expande-se para as relações sociais, sendo que "a estrutura política de uma sociedade não é mais do que o modo pelo qual os diferentes segmentos que a compõem tornaram o hábito de viver uns com os outros".
Dalisa Aniceto - Direito Diurno
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