Émile Durkheim, considerado
um dos pais da sociologia moderna, tem como objeto principal de sua teoria
sociológica o fato social.
Para ele, fato social é
“toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma
coerção exterior”. Ou seja, o fato social é independente do homem,
individualmente falando, ele nada mais é do que as ações do homem em sociedade.
Ações que são, de certa forma, impostas pela sociedade e que, às vezes, passam
despercebidas, levadas como algo natural ou espontâneo.
Em seu método sociológico
para a análise desses fatos sociais “A primeira regra e a mais fundamental
consiste em considerar os fatos sociais como coisas”. Isto é, Durkheim, como
outros, defendia o distanciamento entre observador e o objeto de estudo.
Um
fator que explica essa regra é a ideia, semelhante a dos “ídolos” de Bacon, de
que nossas pré-noções dificultam “a busca pela verdade científica”. Então,
somente com o distanciamento é que será possível chegar a ela.
Ele
também faz uma crítica à análise ideológica, aquela que vai das ideias para aos
fatos, pois para ele o certo seria o contrário, das coisas para as ideias, já
que a sociologia é uma ciência da realidade.
A ideia
de fato social é muito importante porque nos faz ver que, apesar do que muitos
acreditam, não somos o que somos e fazemos o que fazemos por vontade própria,
mas porque somos condicionados a isso. E vemos que hoje em dia, mesmo com
certas diferenças, vivemos em uma sociedade cada vez mais homogênea graças à
globalização, o que dá mais crédito ao pensamento de Durkheim.
Letícia Roberta Santos
Texto referente ao livro
"As regras do método sociológico”, mais especificamente aos capítulos “O que
é um fato social?" e “Regras relativas à observação dos fatos sociais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário