O teórico francês, Émile
Durkheim, no capítulo apresentado de “As Regras do Método Sociológico”, nos
define, basicamente, o que é o fato social, como podemos reconhecê-lo e quais
suas formas de representação da sociedade.
De maneira
muito clara nos é exposto que o fato social é inato de uma comunidade e é
possuidor de uma força coercitiva a fim de estabelecer o que podemos chamar de “padronização”
das maneiras de agir, pensar, falar, viver, etc. dos homens que a compõe.
Durkheim
nos abre uma porta muito analiticamente crítica a respeito de diversas condutas
na nossa realidade com seu estudo sobre o fato social.
Entendendo
o conceito do assunto abordado - essa pressão da sociedade sobre o seu ser
formador, o homem – acabamos por descobrir que todas nossas ações, ou pelo
menos sua maioria, pensamentos e até mesmo, muitas vezes, nossas vontades e
desejos não são originados de nós próprios e sim dessa pressão dita
anteriormente.
Ademais, ao
dizer “indivíduos, em geral perfeitamente inofensivos, podem se deixar arrastar
a atos de atrocidade quando reunidos em multidão.”, o pensador francês nos
esclarece um dos muitos motivos pelos quais a nossa vida é rodeada de excessiva
violência e tomada pela enorme onda do medo, seria culpa, novamente, da pressão
imposta pela sociedade.
Podemos ir
além e interpretar essa existência da força coercitiva como responsável por uma
falta de individualidade, no sentindo de características gerais espirituais do
homem, em nossa realidade. Sabendo que, para quebrar com essa linha de
padronização, seria obrigatória a posterior punição, cede-se para a mesmice não
repreensiva.
Assim, pois,
através de uma simples, porém nítida explicação a respeito o que é esse fato
social, Durkheim estabelece uma enorme rede de compreensão sobre nós próprios e
os outros, nos permitindo uma interessante análise a respeito da sociedade como
um organismo completo.
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