Martin Gardner, famoso
matemático, escritor norte-americano e adepto ao ceticismo, quando perguntado
se o incomodava que ele nunca saberia se realidade é verdadeira, ele responde: “Eu
não me preocupo com esses grandes mistérios... Não consigo perceber o que está além
de tais perguntas assim como meu gato não consegue entender o que está por trás
dos sons que faço enquanto digito esse parágrafo.” Descartes, em contrapartida,
na sua obra O Discurso do Método,
revela sua busca pela realidade divulgando como fará para encontrá-la.
Nossas únicas ferramentas para perceber o mundo são os nossos sentidos,
no entanto estes são capazes de nos enganar. Em meio a dúvida há coisas que
podemos saber através da razão, um conhecimento a priori, um exemplo seria
dizer que um triângulo tem três lados. Descartes vai além desse pensamento
afirmando que “as coisas que percebemos muito clara e distintamente são
verdadeiras.” para ele, a razão é o caminho da verdade.
A verdadeira régua que alça uma teoria ao
status de verdade é a experiência empírica, a teoria Teocêntrica foi aceita por
séculos porque foi capaz de explicar os fenômenos experimentados pelas pessoas
na Terra. Com o avanço da ciência tal teoria deu lugar ao Heliocentrismo, pois,
a teoria antiga passou a ser insuficiente para explicar o mundo.
A maneira como percebemos esse mundo encontra um paralelo com o filme
Matrix, que realiza uma reflexão sobre a realidade ao apresentar Neo o
personagem que acredita na real existência do mundo a sua volta até aprender
que está em uma realidade virtual, e que as regras do seu mundo são diferentes
da que estava acostumado.
Não podemos provar de forma concreta a existência das coisas a nossa
volta, nos cabe indagar sobre a realidade e formular teorias para que possamos,
quem sabe, ser reconhecido como a pessoa que pôde melhor explicar as coisas ao
nosso redor do ponto de vista do restante da humanidade.
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