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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Entre Gardner, Descartes e Matrix

  Martin Gardner, famoso matemático, escritor norte-americano e adepto ao ceticismo, quando perguntado se o incomodava que ele nunca saberia se realidade é verdadeira, ele responde: “Eu não me preocupo com esses grandes mistérios... Não consigo perceber o que está além de tais perguntas assim como meu gato não consegue entender o que está por trás dos sons que faço enquanto digito esse parágrafo.” Descartes, em contrapartida, na sua obra O Discurso do Método, revela sua busca pela realidade divulgando como fará para encontrá-la.
  Nossas únicas ferramentas para perceber o mundo são os nossos sentidos, no entanto estes são capazes de nos enganar. Em meio a dúvida há coisas que podemos saber através da razão, um conhecimento a priori, um exemplo seria dizer que um triângulo tem três lados. Descartes vai além desse pensamento afirmando que “as coisas que percebemos muito clara e distintamente são verdadeiras.” para ele, a razão é o caminho da verdade.
 A verdadeira régua que alça uma teoria ao status de verdade é a experiência empírica, a teoria Teocêntrica foi aceita por séculos porque foi capaz de explicar os fenômenos experimentados pelas pessoas na Terra. Com o avanço da ciência tal teoria deu lugar ao Heliocentrismo, pois, a teoria antiga passou a ser insuficiente para explicar o mundo.
  A maneira como percebemos esse mundo encontra um paralelo com o filme Matrix, que realiza uma reflexão sobre a realidade ao apresentar Neo o personagem que acredita na real existência do mundo a sua volta até aprender que está em uma realidade virtual, e que as regras do seu mundo são diferentes da que estava acostumado.

  Não podemos provar de forma concreta a existência das coisas a nossa volta, nos cabe indagar sobre a realidade e formular teorias para que possamos, quem sabe, ser reconhecido como a pessoa que pôde melhor explicar as coisas ao nosso redor do ponto de vista do restante da humanidade.

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