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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Questionar, assimilar e reinventar a sociedade.

A ciência moderna nasceu estruturada nas bases da experiência, buscando tornar fenômenos até então apenas observados superficialmente em verdades comprovadas, contudo, a libertação do homem proposta pela chamada “revolução científica” seria alcançada somente com a nova metodologia? René Descartes e Francis Bacon posicionavam-se contra essa visão e argumentavam que o papel mais importante da ciência era o de transformação social.
Nos dias de hoje muito se fala sobre a quebra de paradigmas, entretanto, apesar da ciência abrir caminhos para a mudança, a sociedade ainda encontra dificuldades em assimilar novas verdades e romper pré-conceitos. Um exemplo disso é o avanço nas pesquisas sobre o uso medicinal da canabidiol, que é barrado pela interferência de falsas percepções do mundo ou como classificaria Bacon, dos ídolos da caverna.
Se refletirmos, notaremos que a ciência jurídica desempenha um papel importante para o avanço social proposto, a neutralidade está para a ciência moderna assim como a isonomia está para o direito. Entretanto, o que podemos notar na sociedade não é justamente isso, constantemente nos deparamos com manobras sociais e jogos políticos que afetam diretamente a sociedade e contradizem os princípios de justiça, e o que é pior, somos vítimas daqueles que deveriam nos representar.

O que nos resta em uma realidade onde apenas a razão não é o suficiente para quebrar as amarras que nos impedem de expandir os horizontes? Descartes responderia que o questionamento constante da realidade é o caminho. Se nos permitirmos ver além dos dogmatismos e do senso comum, assimilaremos que apesar das convicções pessoais, “fazer ciência” em seu sentido mais intrínseco representa reestruturar a realidade e que não há nada mais necessário do que se reinventar por meio do conhecimento.
Victória Cosme Corrêa, 1º ano - Noturno.

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