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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Yin-Yang da epistemologia

A epistemologia, ou "estudo dos ramos do saber científico", sempre foi objeto de discussão filosófica. Prova disso é o clássico embate entre o racionalismo e empirismo na Idade Moderna, representado por René Descartes e Francis Bacon, respectivamente.
A mais clara divergência entre essas doutrinas se encontra na definição da fonte do conhecimento. Ou seja, enquanto o racionalismo confia unicamente na razão, o empirismo afirma que a experiência sensível é a origem de toda a sabedoria.
Há dissenso, inclusive, quanto à figura divina. Enquanto Descartes reverencia Deus como o "ser perfeito" que o conhecimento científico busca, Bacon declara que as intenções celestiais estão representadas na verdadeira ciência humana. Assim, cada ideologia gnosiológica tem seu objeto de veneração.
Contudo, a epistemologia não está pautada somente nos desencontros de ideias. Dessa maneira, assim como a dualidade taoísta do Yin-Yang, o racionalismo e o empirismo são complementares em determinados aspectos científicos. Por conseguinte, ambos criticam a filosofia clássica com a argumentação de que o "tagarelar é incapaz de gerar", bem como a desconfiança do tradicionalismo consolidado torna-se um fundamento-chave para a ciência.
Seguindo a filosofia taoísta, as duas forças antagônicas devem sempre estar em equilíbrio. Assim sendo, tanto o racionalismo, quanto o empirismo foram fundamentais para o progresso científico. Isto é, os princípios básicos da razão científica e a dúvida hiperbólica foram tão importantes quanto à conceituação dos ídolos como falsas percepções mundanas.
O estado puro, portanto, não existe na dicotomia do Yin-Yang. O mesmo vale para o famigerado "ramo perfeito do conhecimento científico". Assim, enquanto houver equilíbrio entre as forças opostas e complementares, o progresso humano científico será pleno.

Fernando Jun Sato, 1° ano de Direito Diurno


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