A epistemologia, ou "estudo dos
ramos do saber científico", sempre foi objeto de discussão filosófica.
Prova disso é o clássico embate entre o racionalismo e empirismo na Idade Moderna,
representado por René Descartes e Francis Bacon, respectivamente.
A mais clara divergência entre essas
doutrinas se encontra na definição da fonte do conhecimento. Ou seja, enquanto
o racionalismo confia unicamente na razão, o empirismo afirma que a experiência
sensível é a origem de toda a sabedoria.
Há dissenso, inclusive, quanto à
figura divina. Enquanto Descartes reverencia Deus como o "ser
perfeito" que o conhecimento científico busca, Bacon declara que as
intenções celestiais estão representadas na verdadeira ciência humana. Assim,
cada ideologia gnosiológica tem seu objeto de veneração.
Contudo, a epistemologia não está
pautada somente nos desencontros de ideias. Dessa maneira, assim como a
dualidade taoísta do Yin-Yang, o racionalismo e o empirismo são complementares
em determinados aspectos científicos. Por conseguinte, ambos criticam a
filosofia clássica com a argumentação de que o "tagarelar é incapaz de
gerar", bem como a desconfiança do tradicionalismo consolidado torna-se um
fundamento-chave para a ciência.
Seguindo a filosofia taoísta, as duas
forças antagônicas devem sempre estar em equilíbrio. Assim sendo, tanto o
racionalismo, quanto o empirismo foram fundamentais para o progresso
científico. Isto é, os princípios básicos da razão científica e a dúvida
hiperbólica foram tão importantes quanto à conceituação dos ídolos como falsas
percepções mundanas.
O estado puro, portanto, não existe na
dicotomia do Yin-Yang. O mesmo vale para o famigerado "ramo perfeito do
conhecimento científico". Assim, enquanto houver equilíbrio entre as
forças opostas e complementares, o progresso humano científico será pleno.Fernando Jun Sato, 1° ano de Direito Diurno
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