René Descartes e Francis Bacon, ainda que pensadores nascidos respectivamentr em 1596, na França e em 1561, no Reino Unido,podem ser considerados muito atuais,à medida que, no século XXI, inclusive no Brasil, muitos pensam de forma semelhante ao que estes creram ser o mais correto, como pode ser exemplificado na busca pela neutralidade da ciência, em que ambos acreditaram e que recentemente veio a tona, quando surgiu a proposta da chamada "Escola sem Partido", dividindo a opinião de muitos brasileiros. Porém, eles são sujeitos as críticas semelhantes às feitas aos que concordaram com este projeto ou outros parecidos, tendo em vista que, o simples fato de se escolher algo para estudar e o beneficiado deste estudo, ja destrói com toda a suposta neutralidade que poderia existir na ciência.
Há também presente na obra de Descartes e Bacon uma ligação entre a ciência e o divino, o que muitas vezes, principalmente em universidades, é comum a crença em um ser criador ser totalmente desvinculada do pensamento científico, enquanto que a busca pelo saber, como na visão de Descartes, pode ser uma forma de, inclusive, agradar a Deus.
De forma análoga ao que é visto no século XXI, sobre a tentativa de encontrar a verdade através da racionalidade humana, Descartes e Bacon acreditavam nisso, porém, tinham a consciência de que os pensamentos, por diversas razões, são falhos e, portanto, suscetíveis ao encontro de falsas verdades, como nas nomeadas de "tribos" por Bacon, que são algumas das razões que levam o homem ao cometer erros; todavia, ainda que vulneráveis a falhas, Descartes era não só a favor da busca por uma verdade seguindo determinado caminho escolhido pelo homem, como a perseverança neste caminho, uma vez que mesmo que exista a possibilidade de se chegar no lugar errado, ainda é melhor do que não tentar nada e permanecer sempre no mesmo lugar. Assim, a carga de funcionalidade atual dos pensamentos de René e Bacon é tão grande que seus escritos, além de trazerem conhecimentos filosóficos, sociológicos e históricos, ainda servem de incentivo a todas as sociedadee; pois valorizam a busca por conhecimento, independente dos erros que podem ser cometidos.
Por fim, há sobretudo em Descartes, a valorização das ações em prol da "bondade interior", chamada por ele de "espírito bom", o que nos dias atuais pode ser considerado também como uma crítica aos que são muito bons na teoria, porém não praticam o que dizem, como muitos estudiosos que passam horas em busca de saber quais são as ações mais corretas, incentivam os outros a terem atos condizentes com o "politicamente correto", entretanto, agem de forma completamente diferente daquilo que, por suas palavras, demonstram ser. Dessa forma, através do estudo destes pensadores, conclui-se que há uma roda do tempo, pois com diferentes personagens, ao passar dos anos e dos séculos tem-se a repetição de muitas histórias, servindo o passado como um guia de ações visando diferentes fins.
Izabelle Custodio. 1 ano- Direito Noturno
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