Expondo
bases epistemológicas da ciência moderna, René Descartes
discorre em ''Discurso do Método'' a valorização da racionalidade
e da experiência como forma de libertação e superação de
opressões, dogmas e superstições que regem a sociedade. Dessa
forma, objetivando o método científico a ser orientado pela razão,
pela dúvida e pela clareza dos fatos. Francis Bacon, por
sua vez, em ''Novo Instrumento'' explicita a importância da
observação concreta para a produção de conhecimento racional.
Contra a limitação
da ciência como
observação da natureza e
a filosofia tradicional, se
opõe ao senso comum e aos
ídolos (falsas percepções do mundo). Sendo assim, alto crítico da
antiga filosofia grega, que apenas concebia o mundo à volta.
Ao
considerar tais estudos, pode-se relacionar com o conceito de Pierre
Bourdieu chamado- naturalização da história- fatos sociais bons ou
ruins que se tornam verdade para todos. Visto que, na atualidade,
convicções como a xenofobia, a homofobia, o racismo e o machismo
são enraizados
na sociedade e comumente praticados como algo banal. Ideais frutos de
culturas inteiras que nascem com os indivíduos e, insuficientemente
criticados, distanciam sua desconstrução e perpetuam sua
incidência.
Assim,
as constatações de Descartes e Bacon se fazem a base para vencer
as próprias convicções e chegar a verdade científica. Com as
transformações e superações necessárias, a neutralidade e o
criticismo se darão realidade, resultando no conhecimento das
ciências sociais e da representação do homem, concomitantemente,
do mundo.
Maria
Helena Gill Kossoski
1ºano
de direito- Diurno
Nenhum comentário:
Postar um comentário