Grande parte dos juristas buscam
mudar o mundo. Qual ferramenta acreditam ser a necessária para alcançar esse
objetivo? O Direito. Muitos acreditam que o Direito é o caminho para mudança, o
jeito de se fazer justiça. Infelizmente, aqueles que creem nisso, estão errados.
O que vemos hoje é uma ciência jurídica pautada no interesse individual de uma
elite conservadora. Sejam as leis que asseguram esses direitos, seja quem as
interpreta juridicamente. O caso mais absurdo que pudemos perceber nos últimos
tempos, foi a “Desocupação” do Pinheirinho em janeiro de 2012. Um processo, teoricamente,
legal que teve em sua execução vários mecanismos duvidosos. Uma juíza que teve
uma exceção de suspeição apresentada contra si e que continuou o processo de
julgamento não pode ter sua decisão considerada. Um processo regrado no direito
da propriedade privada acima dos direitos humanos daqueles que moravam no
Pinheirinho há anos e que tiveram que ver toda sua história em escombros,
soterrada, não pode ser fruto de juristas de tão alto grau. Até que ponto o
Direito é efetivamente justo? Até onde o direito à propriedade privada é maior
que o direito à vida, à dignidade? Qual a linha tênue entre se fazer cumprir a
lei e se fazer cumprir a justiça? Até quando os juristas serão coniventes com
esse tipo de atitude? Até quando o mais fraco terá os mesmos “direitos” que o
mais forte? O caso Pinheirinho nos revela que isso está longe de ser algo perto
de alguma mudança.
Heloísa Guerra Rodrigues da Silva - 1º ano - MATUTINO
Nenhum comentário:
Postar um comentário