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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Regresso da inquisição



Émile Durkheim nasceu em 1858 em Épinal na França e faleceu em Paris aos 59 anos de idade. Durkheim merece grande destaque não somente por seu grande trabalho, mas também por ser considerado um dos pioneiros a criar métodos na sociologia e em grande parte de seu trabalho ele trata do fato social e diz também que os fatos sociais são criados à medida que necessidades surgem entre as pessoas.
                Para Durkheim os fatos sociais poderiam ser divididos em duas distintas categorias: o fato social normal, que é aquele que tem efeitos já previstos pela sociedade, e o outro é o fato social patológico, que não se encontra nos limiares de sociedade.
                Sendo assim vamos pegar come exemplo um caso que está se tornando cada vez mais corriqueiro no cenário nacional, criminosos sendo perseguidos, e julgados por “Justiceiros” (que apesar do modo como se denominam, cometem a injustiça), que ganhou um destaque ainda maior na mídia pelo recente acontecimento de uma senhora ter sido espancada até a morte por uma grande multidão de pessoas por ter uma aparência semelhante à de uma suposta sequestradora de crianças e praticante de atos de magia negra. O que nos leva a pensar, será que o caso dos justiceiros está se tornando uma patologia? Já que, Durkheim prevê que esse tipo de acontecimento ocorra, entretanto, tem tomado proporções muito maiores ultimamente.
                Outra pergunta que vem a tona nesses acontecimentos é: o que leva uma pessoa a cometer um ato desses? Durkheim diz que: “o grupo pensa, sente, e age diferente da maneira de agir de seus membros”, ou seja, é provável que sozinhos essas pessoas nunca tomassem tais atitudes, mas estando em grupo, inflama um “instinto de justiça” que impele dezenas de homens e mulheres a agredirem das mais diversas formas uma mulher indefesa diante tal bando. Tais pretensos aplicadores da justiça, são tão criminosos como aqueles que eles perseguem e agridem, pois, nada há de justo em seus métodos. Vendo tais ações mais parece um regresso à época da inquisição. Uma nova caça as bruxas.

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