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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Durkheim e a sociedade contemporânea: convulsão planejada, racionalidade desumana.

Émile Durkheim talvez seja a síntese perfeita do pensamento contemporâneo. Flutuando entre o positivismo, a dualidade entre civilização e barbárie e o relativismo atual, Durkheim olhou para a sociedade como um relógio de fatalidades e ocorrências cujas marcações são conhecidas e os ponteiros apenas variam de espaço social para espaço social, sem nunca fugirem de seu destino circular inerente.

Suécia e Franca.

Duas realidades opostas demonstram a força da tese de Durkheim. A sociedade nórdica e super racional que consegue lidar com seus fatos sociais sem receio e a sociedade brasileira que muito crê no poder punitivo do Estado e em valores subjetivos e por vezes distorcidos. Em Franca, interior de São Paulo, um lugar de recuperação de moradores de rua não consegue cumprir sua função e não demonstra sua razão de ser. Uma sociedade desregulada, olha para isso, e pede ao Estado que seja mais firme. Na Suécia, o Estado entende que sua máquina pode dispor de alguns espaços de punição e otimiza pessoas, situações, em prol do chamado benefício comum. Duas lógicas cruéis e desumanas, como é o próprio homem contemporâneo, este cientista do descaso, este bárbaro de laboratório.

O suicídio: tese sobre o comportamento social ou o enterro do indivíduo?

No estudo realizado por Durkheim acerca do suicídio, nos vemos diante do crime mais pessoal de todos, daquele que não deveria, em tese, ser obra social, a força decisiva do ambiente social nas decisões de cada indivíduo (indivíduos existem mesmo?).



Victor Abdala de Toledo Piza - Direito NOTURNO



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