Durkheim estabeleceu como o objeto
de estudo da sociologia o fato social, algo externo ao ser humano, definido
por ele como: “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o
indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma
sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das
manifestações individuais que possa ter”.
Os fatos exercem uma pressão em nossa
consciência desde a nossa concepção, influenciando-nos diretamente em nossas escolhas,
dizendo o que se pode ou não fazer. Se um indivíduo experimentar opor-se a uma
dessas manifestações coercitivas, todos voltar-se-ão contra ele.
As vestimentas
e a língua são exemplos de fatos sociais, assim como o crime, contrariando a
certeza dos criminólogos de que a criminalidade é uma doença social. Pois, para
Durkheim, o criminoso não nasce mau, ele comete seus crimes devido a uma necessidade
causada por um sistema ineficaz, que não garante qualidade de vida decente a
todos os seus integrantes, sujeitando-os a busca de meios alternativos de
subsistência.
Tal visão pode ser analisada com uma
reportagem da carta capital, que relatou o fechamento de 4 prisões na Suécia devido
ao baixo índice de criminalidade nesse país, o qual coincidentemente possui um
dos maiores IDHs do mundo e um Estado eficaz que cumpre o seu papel em sanar
problemas, garantindo um corpo saudável.
Ingrid Juliane Dos Santos Ferreira - 1 ano noturno
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