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segunda-feira, 12 de maio de 2014

A sociedade na construção do indivíduo

         Émile Durkheim, sociólogo francês que viveu no fim do século XIX, teorizou sobre a atuação dos fatos sociais na formação do homem como elemento atuante na sociedade. O fato é que o homem está sujeito a sofrer pressão social resultante de diferentes situações originadas do convívio social. Ele será sujeito à pressão da mídia para seguir uma determinada estética, à pressão do ambiente de trabalho para seguir uma determinada conduta, à pressão da comunidade para adotar uma determinada moral, etc.
         Do berço ao leito de morte, estamos sujeitos à pressão desses diferentes fatos sociais. Muito das escolhas do homem são fruto direto desses elementos da vida em sociedade, pois este tenta responder de alguma maneira aos estímulos externos que recebe, adequando-se ao padrão ou tentando subverter a ordem vigente. A criminalidade, por exemplo, é concebida pelo próprio sistema capitalista vigente, que não oferece condições de melhoria da qualidade de vida para camadas carentes da população, sujeitando-as a procurar meios alternativos de subsistência, entre eles o crime.
         Pode-se identificar outros elementos coesivos, como a religião. A religião de um indivíduo é, quase sempre, definida por uma pressão familiar, ou da comunidade em que se insere, a nível regional ou nacional. Uma criança que nasça no Brasil moderno provavelmente será concebida num lar católico, e sofrerá uma pressão doutrinária, a começar pelos pais e depois pela sociedade, para professar essa fé. Essa mesma criança, se nascida na Escandinávia do século V, sofreria as mesmas pressões para crer em deuses como Thor, Wotan e Loki. 
         O homem, portanto, em sua complexidade de atitudes e pensamentos, nada mais é que uma construção social, resultado do modo como esse tenta adequar-se ao mundo que o cerca.

André Luis Sonnemaker Silva - 1º ano Direito Diurno - Turma XXXI

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