René Descartes, filósofo e matemático francês, foi um dos
fundadores do racionalismo, onde a razão deve ser o foco no processo de
conhecimento da verdade, já que se encaixa como a única via segura pela qual o
conhecimento do mundo pode ser obtido. Ainda nesse pensamento, tudo tem uma
causa inteligível, mesmo que não possa ser demonstrada empiricamente. Descartes
apresenta em seu estudo o Método cartesiano, que consiste na ideia de a razão,
para chegar em uma verdade indubtável, de passos pré-definidos realizados pelo
filósofo, como definir com clareza aquilo que se quer entender, subdividir o
estudo em partes, organizar as partes do estudo e posteriormente revisá-los.
Já Francis Bacon, francês adepto do empirismo, fala sobre a
influência de paradigmas científicos que marcaram a sociedade industrial,
analisando assim, como a experiência é o caminho para a verdade. O filósofo
aborda a ideia do Método Empírico, que se pauta na ideia de que a verdade
absoluta era buscada pela experiência e pela observação, com o objetivo de
obter regularidade e imparcialidade nos estudos científicos.
Tendo por base os estudos desses filósofos, podemos abordar
um posicionamento crítico em relação à nossa sociedade atual. Hoje, em um mundo
globalizado, com o avanço da comunicação se espalhando pelo mundo todo, novas
tendências anti-ciência começaram a surgir e ir de encontro a ideias colocadas
como regra pela nossa sociedade, como o reaparecimento de ideais neofascistas,
tanto em famílias como principalmente na política, aceitação de ideias
terraplanistas e outros aspectos. Portanto, a necessidade de um estudo racional
baseado em experiências e pela observação torna-se cada vez mais necessário em
uma sociedade com tantas falhas de compreensão das informações repassadas à
população.
Gustavo Muglia de Souza – Direito diurno
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