Atualmente, vive-se um
momento de questionamento do conhecimento científico e da ciência no Brasil e
no mundo, vide as recentes atitudes e declarações de membros do Poder executivo
brasileiro, que vão de críticas à teoria da evolução nas escolas, ataques ao
pensamento crítico nas escolas com o projeto escola sem partido e o
questionamento de acordos climáticos, além dos movimentos anti-vacinação e o
terraplanismo com adeptos espalhados pelo globo. Essa onda anticientificista
contraria diretamente autores clássicos como Descartes e Bacon, defensores e entusiastas
da ciência.
Descartes, em sua obra Discurso
do Método aborda sua descrença com o ensino tradicional e sua ânsia por
alcançar uma base sólida para o conhecimento científico, para tanto elabora um
método, no qual se tem a dúvida como princípio fundamental e a razão como meio
de se chegar a uma “verdade científica”. Já Bacon, aponta para o afastamento
dos ídolos, ou seja, falsas percepções do mundo que constituem obstáculos para
a construção do conhecimento e para a experimentação como base para a ciência. Nesse ponto, observa-se que essas teorias
conspiracionistas falham ao não ter bases sólidas para a sustentação de suas
teses e por serem baseadas em “achismos”, ou seja, ídolos e por não se
comprovarem experimentalmente, no entanto, mesmo assim movimentos como o
terraplanismo e anti-vacinação mantém-se fortes no imaginário popular, devido,
principalmente, a grande quantidade de notícias falsas circulantes e o ataque
por parte de personalidades influentes à ciência e o conhecimento, além do
enfraquecimento do criticismo na educação.
Portanto, pode-se
afirmar que é necessário reafirmar a importância da produção científica
responsável, a partir de bases sólidas e racionais, para evitar a disseminação
de desinformação, além de reagir rigidamente contra as atuais teorias conspiratórias.
Rafael de Oliveira Trevisan- 1°ano direito- Noturno
Rafael de Oliveira Trevisan- 1°ano direito- Noturno
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