As bases da epistemologia na Era Moderna assentaram-se
em dois grandes nomes: Francis Bacon e René Descartes. Embora fossem destoantes
em relação à natureza do conhecimento humano, os dois filósofos compartilhavam
de métodos científicos que eram, até então, únicos em seus rigores processuais,
e que se direcionavam à vida prática do homem. Além disso, esses dois
pensadores do século XVII muito se dedicaram a conceber dentro da Filosofia um
fundamento ao conhecimento verdadeiro.
Atualmente,
entretanto, pouco a pouco os indivíduos se distanciam da busca por conhecer de
fato o mundo à sua volta, aderindo a concepções simplistas e que muito diferem
de um olhar cuidadoso em relação à natureza e à sociedade. Dessa forma, emergem
do que são chamadas por Bacon de “antecipações da mente” o terraplanismo, o
movimento antivacina, a ideia de que a meritocracia ocorre por completo, a
falácia de que os negros têm tratamento igualitário dentro da sociedade, etc. Consequentemente,
por uma falta de “ir mais além”, segundo Bacon, ou de adotar a dúvida até a
última instância, como Descartes, essas equivocadas impressões de mundo dos
indivíduos acabam gerando problemas sociais, ambientais e científicos: a desigualdade
social ainda se mantém, crescem os números de casos de doenças causadas por
vírus, a poluição da Terra não é amenizada e a Ciência passa a ser
contestada a todo momento.
Nesse cenário,
torna-se cada vez mais necessário que os detentores de um conhecimento válido e
livre do senso comum se coloquem contra o avanço de teorias que atacam a razão.
Na verdade, tanto a Ciência quanto a Filosofia sempre se mostraram
imprescindíveis ao homem, e hoje o são mais do que nunca.
Gustavo de Oliveira Baptistini Pestana - 1° Ano de Direito - Turma: matutino
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