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domingo, 8 de março de 2020

As bases da teoria epistemológica e seus retratos na contemporaneidade

René Descartes, um dos mais importantes filósofos do período moderno, foi autor do livro "O discurso do Método", o qual estuda os métodos para conhecer a verdade e tem como principal fundamento o chamado "ceticismo metodológico" (duvidar de todos os conhecimentos que não sejam irredutivelmente evidentes), ou seja, a obra marca o inicio do racionalismo moderno. É a primeira obra a nos afirmar com convicção, que todos o homens possuem a mesma razão e capacidade de pensar com lógica, portanto, este processo de conhecimento levou Descartes a sua famosa conclusão "Penso, logo existo", uma vez que ao eliminar suas dúvidas, concluiu que as mesmas eram evidências da existência do indivíduo, pois apartir do aparecimento de pensamentos existe, logo a pós, o surgimento de sujeitos pensantes.

Contudo, levando em conta que as percepções do mundo externo, em comparação ao mundo interno, vem a nós sem que as procuremos ativamente, mesmo que involuntariamente, Descartes aceita que deve haver algo para além da mente humana, com isso, Deus continua sendo o referencial último do conhecimento, devido ao fato da ideia de "ser perfeito" remeter a Ele.

Contrário as ideias de Descartes, surge o filósofo Francis Bacon, autor do livro "Novum Organum", defensor do método indutivo de investigação científica, o qual estava baseado no empirismo. Bacon, salienta a primazia dos fatos (o que vale é o que realmente acontece, e não o que está escrito) em relação à teorização e rejeita a especulação filosófica como cientificamente válida.

Além disso, ele também aborda sobre a análise de falsas noções, o chamado "ídolos", que são os erros cometidos pela ciência e pelo homem, os quais dizem fazer ciência. Os ídolos são classificados em 4 grupos: ídolos da tribo (distorções provocadas pela mente humana), ídolos da caverna (relações com o homem e o mundo ao seu redor), ídolos do foro (influência das associações do indivíduo) e ídolos do teatro (representações teatralizadas e impregnadas de equívocos).

Com base nas teorias apresentadas, chega-se a conclusão que tanto René Descartes quanto Francis Bacon são filósofos de suma importância para a ciência moderna e para a sociedade, uma vez que a compreensão da capacidade de raciocinar, compreender, experimentar e solucionar, ajudou a humanidade a avançar e expandir cada vez mais suas tecnologias e seus conhecimentos. Dessa forma, o estudo dos dois pensamentos é fundamental para os dias atuais.

Matheus Vinícius dos Santos Serafin - DIREITO 1º ANO - MATUTINO

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