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domingo, 21 de abril de 2019


Positivismo: sempre na via da ordem e do progresso?

A Filosofia Positiva de Auguste Comte se baseia nos preceitos de Bacon e no discurso de Descartes ao pregar o uso combinado do raciocínio e da observação nas investigações científicas. O diferencial do Positivismo é o abandono da investigação das causas geradoras dos fenômenos, pretendendo somente a pesquisa das leis naturais invariáveis que regem e interligam todos os fenômenos observáveis. À luz do Positivismo, Comte conceitua o estudo dos fenômenos sociais como Física Social. Aplicando os mesmos métodos científicos das ciências naturais no estudo das leis que regem a organização social, podendo assim intervir na sociedade.
Olavo de Carvalho, em seu ensaio “Mentiras Gays”, versa sobre direitos dos homossexuais reunindo dissertações menores em que discorre desde se opção homossexual pode ser considerada “normal” a pedofilia. Em seu texto, há grande influência positivista. Os fenômenos sociais elencados por Carvalho são considerados interligados e invariáveis ao longo da História da Humanidade. Para o autor, atribuir à comunidade gay direitos como minoria feriria essa ordem social e, consequentemente, o progresso e sobrevivência da Humanidade.
Entretanto, à luz da Ciência Moderna, integrando conceitos biológicos, psicológicos e antropológicos a cerda da sexualidade humana, percebemos o quão rasos são os argumentos de Olavo de Carvalho. O autor produz uma ilusão da verdade através de seu raciocínio, apenas utilizando de seu ponto de vista. Demonstrando os perigos de se utilizar a Filosofia Positivista, na busca da ordem e do progresso, sem nenhum rigor científico.

Raquel Rinaldi Russo – 1º ano Direito Matutino

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