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domingo, 21 de abril de 2019

O General Progresso e seu muro


Eu tenho um sonho, assim como Martin Luther King. Eu sonho com o dia em que a marcha da História chegará ao fim. Isso parece absurdo, mas não. É inevitável, pois o General Progresso continua mesmo que precise deixar seus soldados mais fracos para trás. São poucas perdas, se comparadas a conquista do avanço máximo que a sociedade pode chegar (um verdadeiro Paraíso na Terra).
Um exemplo são os homossexuais. Esse grupo é uma divergência, portanto, é um elo mais fraco. O diferente é um obstáculo. Suas diversas vozes gritam, cada uma tentando urrar mais alto que a outra, com suas opiniões diversas. Isso é o caos. Uma voz mais forte e correta precisa emergir desse caos, e as outras vozes devem unir-se a essa, formando o coral angelical da unidade. Segundo Auguste Comte, o fundador do Positivismo, é preciso alcançar um “estado de coisas verdadeiramente normal”, ou seja, há uma prevalência de um comportamento sobre outro. Nas palavras de Jair Bolsonaro, “a minoria tem de se adequar a maioria”.
Porém, como definir o comportamento dito normal? A partir da comprovação pelos fatos. Por exemplo, é um fato que a reprodução só se dá entre casais heterossexuais, portanto, esse é o padrão. Não é preciso procurar a causa dessa conclusão, pois, além de ser evidente, procurar as causas é uma busca sem sentido, e o mundo não tem espaço para algo que não possui propósito ou utilidade.
Cada ideia que é confirmada é como um tijolo. Firme, sólido. Vários tijolos constroem um muro, que se reduz de muitos a um só. E sobre esse muro encontram-se os fortes, contemplando a paisagem do Paraíso, enquanto os fracos que se negaram a mudar permanecem lá em baixo, em um tipo de inferno no qual escolheram estar...
Observação: esse texto é meramente ilustrativo, com o propósito de relacionar as ideias de Olavo de Carvalho com as de Auguste Comte. Eu, pessoalmente, não acredito em nada disso.
Sofia Foresti Pequeno, Direito Noturno

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