Um exemplo disso é a suposição de que a homofobia deve ser criminalizada. Ora, se a expressão pelos gostos particulares deve ser um direito, por que, como indagou Olavo Carvalho em sua obra O Imbecil Coletivo, a repugnância por esses mesmos gostos deve ser um crime? Na lógica da ciência jurídica, ambas as manifestações deveriam ser tratadas com equidade desde que nenhuma delas resulte em situações de violência e discriminação evidentes, como agressões físicas ou impedimentos à coexistência de homossexuais e antihomossexuais.
Com a ascensão do movimento gay, o que inclui a extensão de direitos específicos para esse grupo (a exemplo da união homoafetiva), invertem-se relações biológicas necessárias para a manutenção da vida humana na Terra, como a reprodução, essencial para a formação das novas gerações. E se, por outro lado, defende-se que este problema de decréscimo da população poderia ser solucionado, como exemplificou o autor, pela inseminação artificial, não haveria sentido na promoção desse movimento, uma vez que tratar-se-ia novamente de uma ação com caráter heterossexual.
Em síntese, os "preconceitos" que alegam sofrer os gays, lésbicas, transexuais e demais indivíduos que destoam do modelo de relação heterossexual não são opressões direcionadas que têm como objetivo a violação de direitos dessa comunidade, mas sim o exercício da liberdade de expressão garantido no ordenamento jurídico brasileiro. A sociedade, portanto, deve aceitar e respeitar-lhes enquanto cidadãos, mas nunca deve ser repreendida por defender costumes e valores que persistem por séculos como patrimônio cultural.
Comentário: Gostaria de esclarecer, desde já, que não concordo nem mesmo com uma premissa elaborada por Olavo de Carvalho no capítulo Mentiras Gays de seu livro O Imbecil Coletivo. O objetivo do texto é exemplificar um modo possível de interpretação favorável ao que foi proposto pelo autointitulado filósofo, o qual inter-relaciona de uma maneira absurda as fundamentações Augusto Comte para desqualificar de maneira desonesta e errônea o público LGBT.
Luiz Carlos Ribeiro Júnior (Noturno)
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